domingo, maio 20, 2007

A Sorte da Fé

Por uma questão de medo atribuímos às divindades o simples fato de acordar e estar vivo ao invés de levantarmos a bandeira da sorte, pura e simplesmente.

A salvação – essa coisinha difícil – parece estar mais perto de nossos ideais, mas longe, muito longe de uma real conquista. Tentamos não pecar, seguir todo o ritual para alcançar a ética bíblica, e quando nos damos conta, estamos em “pecado”, descumprindo tudo que a cartilha manda e obriga!

Somos questionados pelos porquês de tudo, e a mesma sorte que bate a porta de 44 pessoas que chegam bem em casa depois do culto, é a mesma que não deixa outras 120 mil em todo o mundo não chegarem vivas no dia seguinte com a mesma carcaça no colchão.

A fé não sei, mas a sorte, pelo menos, aparenta ser mais democrática que a primeira.
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W.F. Júnior

Um comentário:

H A R P I A disse...

Nenhuma, nem outra. Escolhemos nossos caminhos a todo o momento. Uma vida é vivida de escolhas que se cruzam imperceptivelmente. Às vezes por frações de segundos não se trombam, já em outras, voam pedaços de nós para todos os lugares possíveis. Ou saímos um segundo antes ou um depois, e assim sucessivamente com todos ao nosso redor. Estamos presos à nossas escolhas. Quanto democrática... penso que as escolhas são justas.