terça-feira, maio 30, 2006

UM MUNDO “MELHOR POSSÍVEL”, ELES DIZEM

Assistíamos, com certo receio, ao assombroso número de promessas que brotavam dos cantos do mundo, de que um dia o mundo “se arrumaria”.

As tragédias eram os atores principais do famoso circo chamado vida.

Terremotos, fomes e pestes se espalhavam debaixo dos olhos dos religiosos e de seu rebanho, e eles, como de costume, alertavam-nos de que aqueles eventos eram obras maravilhosas de um ser gigante, bondoso e justo.

Os mesmos inescrupulosos e idiotas eram arrancados de suas casas com fendas da terra, eram torturados pelas mazelas da vida, pelos dentes podres e pelas doenças milenares que essa biosfera foi capaz de compor nesse cenário inútil.

Estômagos se alimentando de estômagos, e mesmo assim, haviam pessoas mentirosas que se diziam “satisfeitas com esse mundo perfeito”.

O mundo antes tido por eles como o melhor possível, responde-os com braveza; a cada enterro, a cada fechar de um caixão estarão eles lá ... prontos a vomitar frases sem sentido, para sentimentalizar o horror, a merda e algo impossível de crer: um mundo melhor.
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W.F. Júnior

2 comentários:

Anônimo disse...

Palavras e mais palavras....
De quê adiantará estas palavras já que são destrutivas e propõem um fim?
Se o fim parece fato nas suas palavras, então sua proposta seria uma redundância.

Anônimo disse...

Vosso senhor que me critica, apenas faz esse ataque por eu mostrar a baixeza de gente como você que apenas mente para os outros, mas não quer saber a realidade das coisas ...
E a realidade das coisas não é uma redundância, e sim uma constatação de que tudo não passa de uma grande piada.
Se você resolveu chamar essa minha sinceridade de "redundância", que posso eu fazer, senão rir de Vossa pessoa?

Não estou querendo propor uma mentira como o paraíso.

Proponho que enxerguemos o nada em que estamos.

Que tenhamos a decência de saber de que essa patacoada que empurram pra gente de mistérios celestiais e outras loucuras foram e continuam sendo criados por humanos apenas. Humanos muito iludidos, por sinal.