terça-feira, agosto 23, 2005

A Dúvida ri de Todos

Vemos constantemente religiões sugando de seus fiéis, dinheiro, outras prometendo um paraíso por dia. Medidas como essas em pouco resolvem os mistérios da humanidade, de um lado, a ciência (acompanhada de uma porção de intelectuais - bem intencionados...) tenta vencer, em vão, a barreira da dúvida e propõe novas teses, teorias mirabolantes, para logo depois, desconversarem e falarem em "profundas investigações", e negarem afirmações, que para os mesmos eram verdades absolutas, alguns céticos e desconfiados de tudo e todos ainda tentam admirar ou se espelharem na ciência, na razão e caem em destruição, quando percebem que as mesmas verdades de ontem são grotescas mentiras de hoje.

Por tudo visto até o presente calendário falsificado de 2004, não tivemos a certeza de muita coisa, as provas parecem distantes ou não-contínuas, pisamos na Lua (os americanos..!) e nada de produtivo veio ao encontro de respostas, por isso e por muita coisa não consigo e talvez também ninguém consiga negar nada, a própria negação é um conforto para a dúvida, recentemente Stephen Hawking negou sua tese sobre os Buracos Negros e "inventou" uma nova tese, (ele já estava certo daquilo desde 1974).


A mutação talvez seja a única certeza, a dúvida por si só é uma grande certeza.Entrando no departamento de deuses e afins, negá-los é uma vontade e afirmar também, não percebo distinção entre os dois. Muitos querem afirmar que existe um "falta de evidências" de sua existência, e digo que as mesmas faltas ocorrem pelo vice-versa.

Tentando sugestionar uma provável "combinação de resultados" pelos céticos de plantão, não ajuda a resolver o mistério, pois a dúvida persiste e ri de todos.

Ontem, revi o filme "Planeta dos Macacos" - em que um aviador americano é enviado por uma máquina do tempo para um Planeta distante onde os Macacos escravizam os Homens, quando este mesmo aviador regressa, ele está no ano de 2000 e pouco e quando chega, está tudo desenvolvido como nos dias atuais, entretanto, quando o aviador vira e observa uma estátua de uma grande líder americano, ele observa bem de perto e constata que o "libertador de escravos" no local que ele pousa, era na verdade outro macaco, aí cada um inventa uma explicação para o final.

O próprio diretor explicou:
(http://www.cinemaemcena.com.br/not_arquivo_filme.asp?cod=122)
[Enquanto isso, o site Empire Online tentou arrancar uma explicação de Tim Burton para o final de Planeta dos Macacos. O diretor não foi nada amigável: “Não. Não vou entrar nesta questão. Isso porque uma das coisas que eu gostei neste filme é o que eu chamo de “material que f*** você”. Não digo isso em sentido negativo, mas eu sempre me senti mal com a literalização da sociedade, a conformidade. Você em breve percebe que tudo isto é um monte de m****. Quero dizer, o que é conformidade, o que é normalidade? Isso só diminui as pessoas e as divide em categorias e eu odeio isso. Sendo assim, sim, eu gosto de f**** com a cabeça das pessoas”. ]
Em outro comentário:

Snyder disse que não foi planejado que o espectador entendesse o final da história. “Se a verdade for descoberta, ela não fará o menor sentido. O fim foi para fazer você se espantar e pensar a respeito. Agora ele [Mark Wahlberg] está em outro mundo? Ele voltou no tempo? Ou ele foi para o futuro?”, tentou complicar ainda mais. Mas continuou: “Na realidade, não há uma resposta certa para aquilo. É qualquer coisa que você quiser que seja. Todo mundo continua procurando uma solução, mas você tem que se lembrar de que assistiu a um filme sobre macacos no espaço sideral. Não espere muita lógica”, riu.

Por tudo dito acima, acho que ainda não sei de nada, por isso não consigo negar o que o outro diz nem afirmar o que digo. Isso cada um escolhe, cada um inventa.

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W.F. Júnior

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